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A mostrar mensagens de novembro, 2007

lua

Confidente de tantos amantes Amante de tantas noites De brilho espelhante E coração deslumbrante. Guardas no teu brilho, (que não te pertence) O suave rastilho Pólvora da paixão que fenece… Pisam-te sem asas, Mas não te respiram Não sabem por onde passas Enquanto não chega a noite e te admiram…

Tu do

O teu corpo no meu Sede que se apaga E se acende. Rasgo de infinito que se extingue, Se dilacera e se estende. A suavidade dos teus pensamentos Ao passarem em toda a minha existência, Marcam-me, carregam-me a pele, os momentos… Os teus dedos caneta que me escreve, Vermelho traço que me incendeia Me marca e me premeia… Sonho que se mostra Ao contorne de um estar completo, Sincero, repleto. O meu corpo a ti se prostra, E me faz de mim copo para o teu corpo, Que me enche e me despeja, Me leva a outro Que este inveja. És pedaço de mim Que em mim não cabe, Fruto proibido que a mim pertence, Mundo que quero, Mundo que me vence…

Quero

Quero levar-te onde o corpo permitir, mostrar-te quantas cores tem a vida. viver-te a sentir, sem nenhuma emoção contida.

Saudade

Quase te sinto o cheiro, quase te toco, sentido traiçoeiro sabe sempre a pouco. Chegas de rompante não pedes para ficar ficas presa a cada instante num terno magoar. Quando te saciam, deixas um travo a mel mesmo nos que mais te odeiam e te querem apenas no papel. És crua, dura e suave, efémera e eterna, bela, um entrave. Dolorosa, terna. Rasgas e curas, guardas, repeles, moves, neutralizas. Tentam empurrar-te para longe com retratos e pensamentos, com letras e momentos. Mas de todos o teu corpo foge. Quase te sinto o cheiro, quase te toco, quase fico em anseio, quando te foco. O coração aperta, as veias correm para ele o mundo estreita e arrepia-se a pele. Quando a saudade bate, toca um solo de piano, de letras de arrebate. Quando a saudade bate, o mundo parte.

Piano

Toca-me como um piano de teclas soltas, Cheio de cordas presas a uma sonoridade De notas desalinhadas e linhas rotas… Toca-me sem mãos e em verdade. Deixa-me um grito solto de silencio Que me marque a alma E me prenda sem prefácio, Um livro sem calma. Toca-me em ilusão, Fecha os olhos Abre o coração Deixa o resto fazer encanto Sem pensares, Solta-te do pranto E vive sem aterrares! Toca-me, num instante de loucura, Faz de mim insano, faz-me cura… Toca-me e rasga a minha pele, Faz dela instrumento do teu papel, Guião do teu espaço, E de ti nobre pedaço! Exulta o teu contentamento E abraça cada portento. Porque hoje te amo, E hoje é o momento.

Desenha-me

Sonha-me. Conta-me como foi O tocar o corpo que me compõe… Toca-me. Faz-me teu pedaço, Onde me desfaço E me componho, Onde me perpetuo e desapareço… Mostra-me esses rios de calor Que gelam a alma E te fazer partir E regressar. Num constante ir E sempre voltar… Encanta os meus sentidos Com os teus latidos, Com a tua ânsia de um pouco mais. Faz-me querer. Faz-me ter. Não me tenhas e tem-me por completo. Escuta-me e não me escutes! Faz o que te peço sem fazer o que digo. Mostra-me por onde te levo, Por onde corro contigo… Faz de mim teu servo, Teu senhor, teu igual. Nunca esqueças quem sou, Nem me tornes banal Obriga-me a ver por onde vou. Leva-me à loucura, Faz-me desejo, Faz-me teu ensejo… Far-me-ei tua cura…

Viajando em ti

Deixa-me percorrer-te o corpo Sentir-te a alma entre os dedos Viver no teu porto, Sem receios, sem medos… Deixa-me voar nas tuas mãos, Encontrar-me nos teus traços Perder-me nos teus braços E viver-te em mim paixões… Deixa-me sonhar contigo, Ir o mais longe que consigo Rasgar o vento E abraçar-te a cada momento. Deixa-me soltar os teus cabelos, Libertar as tuas amarras, Deixa-me vê-los Enquanto me agarras… Leva-me aos teus vales E faz-me percorre-los em calor Mostra-me antes que fales, Que em ti vive o amor. Quero correr por entre as planícies, Nadar por entre as águas, Sentir todas as superfícies Que um dia carregaram mágoas… Quero perder e achar, O meu corpo de pequenez Por entre os trilhos de amar Na tua placidez… obrigado a quem deixou o último comentário.

seduz-me.

Seduz-me a alma Apaga-me agora Para que não tenha mais calma Que foi a hora… Deixa-me deliciado, Os movimentos do teu corpo alado Para que o mundo conheça Que o teu corpo do meu é peça… Deixa-o tocar no meu Unir-se em paixão Para que eu Sinta em mim fusão… Abraça-me a alma Completa-me o corpo Entorna o teu copo Sobre a minha palma Deixa-te levar Para que eu possa tomar, Teu corpo em forma de amar…