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A mostrar mensagens de julho, 2007

Pequenez

Somos uma gota de pó num mundo de terra onde a palavra é paz e a vontade guerra.

(re)senti-me

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hoje chorei enquanto me liam as minhas palavras sacudi os sentimentos e senti o eco de cada silaba não pude conter a minha alma enquanto a liam descaradamente perdi toda a calma e senti nua a mente alma e o coração revivi em segundos todos os sentimentos da recordação intensos, profundos.

Talvez Realidades

Por entre as cordas da realidade Existem velas de ansiedade Que vão queimando a verdade. Tudo começa a perder o equilíbrio, Até que consigamos baixar a chama, Calar esse calor que dela emana, Ou no final apenas a loucura Será em nós pena dura! Pena pelo que deixamos de fazer Pelo que deixamos de lutar. Existem muitas cordas soltas na vida Cordas de quem deixou a chama vencer, E perderam o equilíbrio Deixaram as ânsias queimarem o frágil balanço Saltaram para o fim do sonho Que não conseguiram suster... Não quero ser assim, Quero alcançar o fim corda Nem que no final seja apenas um cordão… Mas quero chegar lá com alma, com coração... Quero chegar ao outro lado Com uma campainha Um nenúfar E uma violeta… Para que sejam estes os elementos da alma, Que em mim vive E que aí pode voar livre…

Quase

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Foi quase perfeito Aquela melodia de cores dispersas, Difusas no osco brilho do efeito Que as virgulas impressas Esqueceram nos teus olhos. Foi quase perfeito As noites que descansaste no meu peito Sem olhar para as mares que vinham longe Sem ir à procura daquele ser que de ti foge Esquecendo todo o efeito Que a noite te trazia Foi quase perfeito Os momentos de escalada de sentimentos Em que a tua mão se estendia à minha Fazíamos perseguição de sentimentos Em que a tua busca era nossa E a noite aliada das nossas paixões…

Instante

O suor do teu calor São gotas de sangue Não de dor, Que nascem do pensamento Vivem no instante E morrem no momento… Deixando apenas uma passagem de rompante...

foto de vida e vontade

Sentei-me à sombra do teu luar, Escrevi um verso em forma de amar Olhei cada retrato Em que o teu mundo sorria A minha presença já não se sentia Foi um triste chorar Que a noite me queria mostrar Mas as lágrimas ficaram contidas Por dentro do espaço que deixaste vazio Foram abatidas Com um sentimento frio Cada foto, uma lágrima escorria Escorregava pela minha alma E no final caía Caía com toda a calma Ficava presa ao chão do meu coração Como um sonhador à ilusão Hoje olhei todos os retratos Enchi o coração de lágrimas Para que os passos se tornem latos E a agua lave as feridas antes que as oprimas Porque amanhã quero sentir-me debaixo do astro-rei E olhar as minhas imagens Onde te esquecerei Onde o meu mundo será espelho sem miragens De uma alma treinada pelo tempo Renovada pela determinação Pronta para fugir do mundo que encheste de ilusão…

sei lá bem

hoje podia escrever dicotomias. mas so escrevo estrias de um corpo de texto rasgado pela imperfeição e talhado pela vontade de te ter. procuro te mas apenas feres a minha alma com a tua presente ausência. detesto amar-te.

Pão e água

Tudo o que sempre quis foi um pedaço de pão e um pouco de água. Mas até isso me negaste, disseste que a minha alma seria um pedaço seco da tua presença em que nada seria mais intenso que a tua ausência... negaste a minha presença neste lugar onde cada um deixa um pedaço rasgado de si como recordação. Negaste o pão que mata a insegurança e não constrói um pouco mais para seguirmos em frente. Negaste a agua do teu amor, do amor, ao me obrigares a viver te nos meus olhos sem escolha para seguir em frente. Mas cansei-me das migalhas que me negaste. Foram demasiadas refeições perdidas num desgaste completo de tudo o que me fazia alma pensante. Agora sou folha de vento que torneia o caminho e segue em frente. Já não me negas, já não conheço o teu ser no meio da multidão sequer, és um pedaço cortado da minha pele que ainda sangra mas que perdeu a vida e agora definha...