Pão e água

Tudo o que sempre quis foi um pedaço de pão e um pouco de água.
Mas até isso me negaste, disseste que a minha alma seria um pedaço seco da tua presença em que nada seria mais intenso que a tua ausência... negaste a minha presença neste lugar onde cada um deixa um pedaço rasgado de si como recordação. Negaste o pão que mata a insegurança e não constrói um pouco mais para seguirmos em frente. Negaste a agua do teu amor, do amor, ao me obrigares a viver te nos meus olhos sem escolha para seguir em frente. Mas cansei-me das migalhas que me negaste. Foram demasiadas refeições perdidas num desgaste completo de tudo o que me fazia alma pensante. Agora sou folha de vento que torneia o caminho e segue em frente. Já não me negas, já não conheço o teu ser no meio da multidão sequer, és um pedaço cortado da minha pele que ainda sangra mas que perdeu a vida e agora definha...

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