Espalho o mar pelos meus pés
Mergulho de uma só vez
Que o mundo não pára de girar.
Tudo morre na ponta do pincel
Que torneia as formas
Na fragilidade do papel
Cada traço flamejante
Derrete um pouco de tempo
Enquanto nasce o coração
Enquanto morre a embalagem
E tudo o que fica é uma miragem
Memoria de um lugar chamado gente.
Tudo nasce e morre na dança de um vulto
Que se espalha pelo mundo
Em cor e sabor
Em cheiro e toque
Um som estridente que nasce do nada
Só para se tornar gente.
Um passo, um só passo
E a carne é pó,
Um passo, um só passo
E o mundo sopra.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Lá fora é noite e cá dentro? Dia.

Carne

(re)senti-me