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As vezes começo a escrever sem objectivo, passo pelos sentimentos e aceno-lhes um adeus compassado de quem os quer para si mas não os quer ter. Sinto que eles me maltrataram tantas vezes e sem nexo tenho medo deles, parecem me tão iguais a tantos outros que já senti na pele. O medo é tão cúmplice conosco na forma de não aproveitar a vida como a falta de coragem. Tudo se perde quando deixamos o medo ser maior do que os livros que lemos, do que as obras que erigimos... somos tão limitados por nos mesmos que nos esquecemos de reagir quando devemos...