Hoje sinto-me só. Não sei explicar mas ficar em casa é daquelas coisas que me faz ficar demasiado nostálgico, demasiado vulnerável. Não sei bem porque escrevo certas coisas, mas sempre que as estou a escrever penso que são apenas para combater a solidão que vou sentindo no meu coração. Cada vez mais me sinto inconformado com o que tenho e com o que sinto, quero mais, quero sempre mais. Sinto me só, e acho que encontrar alguém que preencha esse espaço cada vez mais se torna algo quimérico. Ando a ficar cansado da minha débil força e da minha vontade de seguir em frente. Apetece-me partir as correntes que me prendem à razão (ténue) e mandar me em queda livre. Sempre fui de extremos, mas isso acentua-se cada vez mais. Acho que estou a ficar louco mas não quero contar a ninguém porque precisam de mim como sou. Sinto me só e isso faz-me louco. Gostava de ser capaz de viver por metade, mas não gosto de deixar nada pelo meio, de sentir nada a meias palavras. Isso consome-me, destrói-me. Acaba com a minha paz. Solidão.

Comentários

Lílian disse…
Estou numa encruzilhada, não sei ao certo dizer o que é sentir-se só e também não sei se mede-se uma solidão maior ou menor, sei que ambas doem, ferem e maltratam.
Tenho alguém ao meu lado, mas sinto-me terrivelmente sozinha como terras desabitadas do Arizona...

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