Noite


Os traços são leves
Mas pontiagudos
Perdem-se na minha alma
Como um eco agudo…
Lá fora a noite cai singular,
Leves tonalidades,
Cobrem o mundo impar
Como um manto suave.
As horas estendem-se
Como uma melodia frágil
De um piano tocado pela mão ágil.
Enquanto lhe escuto a melodia,
E os minutos passam como notas
Solto a alegria
Ao encontrar a luz que transportas…
Perco-me na música,
Na dança do teu olhar,
O meu coração fica
Onde te posso agarrar.
Lá fora a noite adormeceu no teu braço
E completou-se no teu abraço.
Tranquila e completa descansa
E em mim a vida passa
Envolta na tua presença
Como invejo a noite
Que te abraça
E te faz sua amante…
É quase dia, a noite começa a acordar,
Os teus braços largam-na no seu lugar
E agora podes segurar-me
Nos teus vales passear-me
Por entre os colibris
E as flor-de-lis
Que pintam o olhar
E te adornam o corpo.
O sol nasce e desperta a tua essência
Vejo acordar a minha alma
Que esperou em paciência
Pelo acordar das tuas formas
Desenhadas pelo toque de paixão.

Comentários

Poeta doce da noite
da louca paixão vital
sua escrita é uma afoite
nunca um sentimento final

*********************
Anónimo disse…
um lindo poema como sempre cheio de paixao ,amor , uma paixao nocturna :) gostei muito deste poema cheio de sentimentos. eu tenho um novo,mas este não é tao picante como o anterior :)
bjo e boa semana
carla granja

Mensagens populares deste blogue

Lá fora é noite e cá dentro? Dia.

Carne

(re)senti-me