Não sei!


O estado completa-se
As notas vão sendo jogadas contra a parede
Um primeiro sussurro rompe o silêncio
As horas começam a espalhar-se pelo chão
Enquanto a alma se arrasta nelas.
Os momentos param
E as horas inertes!
Passageiro de momentos
Procuro nesses tempos
O gosto vago da plenitude
e onde estou?
Onde vou?
Não sei!
Não quero dizer!
Quem sou? Não sei exprimir
Sou a escrita e o prazer
Pedaço do teu ser, que queres encobrir!
Por detrás das palavras que roubas,
Ainda escrevo para ti!
Não me peças mais letras
São minhas!
Não me peças mais sentimentos!
São meus!
Chega do meu mundo!
É tempo de rasgares a caneta e partires o papel!
Viver o mundo sem cabulas e sentir a vida na pele!

Comentários

Patrícia Lino disse…
Amigo, meu amigo - o que eu dava para que tu fosses daqui. Da minha terra.

O que dava para te puder dizer, como me encontro em tuas palavras e como me alegro, ao saber que conheço quem as escreve.

Um abraço, cem abraços, mil e um, meu nobre amigo.
Pedro Pan disse…
, sentir na pele a vida, sentir na pele os sentimentos...
, abraços meus.
Caramba!! És mesmo bom...intrometi-me sem saber nesse egoísmo natural, de querermos sentir sem partilhar..

essa dúvida...reportou-me automaticamente ao poema de Régio "Não sei por onde vou/Sei que não vou por aí..."

Gostei mesmo de ler esse "Não sei!"

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