Frágil.

Preciso cair
Não quero mais estar onde apenas posso falar
Quero alcançar um pouco mais, voar
Em cada letra que escrevo
Penso num novo caminho
Por onde possa encaminhar as palavras!
Tantas vezes chego a um ponto sem retorno
E me lembro quem sou
Quem fui e quem penso que serei…
Apercebo-me de quão efémero
É o sangue que me corre nas veias
De quão frágil é embalagem
Em que colocaram a minha personagem!
Uma passagem na agitação
Pequena palha que rasga o brisa
Enquanto não lhe quebram a ilusão
E dilaceram o mundo de fingir!
Preciso cair, para ver!
Quero escrever o sangue a ferver,
E fazer o sangue correr nas palavras
Deixá-lo escrito nas letras
Uma marca pelas horas de amor
Um marco pelas horas de dor.
Para que me lembre o choro
E me recorde o meu rótulo:
Frágil.

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Cantei ao ler-te automaticamente Jorge Palma...***********

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