Agora, aqui, amanhã. embora.


Hoje apenas quero gritar ao mundo
Num grito surdo
Que o meu cérebro não oiça
Para que o equilíbrio ténue das palavras
Não se rompa no meio dos pensamentos
Que se esmagam nas parede dos sentimentos.
Sinto alma e corpo romperem-se
Enquanto se apaga cada pedaço de ti
Sinto o mundo e a carne perderem-se
Enquanto rasgo as últimas fotos
Tudo se encaixa e se parte
Não com o jeito nem com a arte
Mas com a intensidade de um combate
Sinto que por vezes não vou sobreviver ao embate
E tudo me contunde enquanto me levanto
Enquanto caminho e desisto do pranto
Parte-te de uma vez
Num golpe seco
Para que eu esqueça tudo o que o teu amor fez
E possa seguir um caminho onde não me perco…

Comentários

Patrícia Lino disse…
Poeta.
O Poeta da suavidade.

Mensagens populares deste blogue

Lá fora é noite e cá dentro? Dia.

Carne

(re)senti-me