Jasmim

 





Sentei-me ao lado do mar, num gesto tantas vezes repetido. Era uma tarde em tudo igual a tantas outras sem o cheiro a jasmim ao qual já me tinha desabituado. No ar apenas uma corrente fresca atravessava o intenso calor que se fazia sentir. Eram quase 4 da tarde, o relógio cansado de rodar sobre si mesmo decidiu desistir e parou. Ao longe a tua voz fazia um suave murmurinho como gargalhadas de uma criança. Rapidamente o cheiro a jasmim correu ate mim e senti-o abraçar-me como os teus braços já tantas vezes me haviam feito naqueles sonhos onde existias em mim. Senti-me adormecer, embalado por todo um cenário de quietude. Passaste por mim e voltaste a não olhar. Acordei e retornei ao meu mar onde me perco, onde me encontro.

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