26/4/2006

Pouso a mão no tempo.
Sinto-o nas minhas veias,
Corre fortemente…
Com as pulsações do coração
Está no auge,
Sem emoções meias,
Tudo completamente...
Vejo ao longe
Uma sombra
Uma simples ausência de luz
Que brilha só de pensar
Que se assemelha a tua…
Cada passo de sombra,
Um minuto passa depressa
Por entre os vasos que se dilatam
E fazem a mente divagar...
Tudo se torna uma gigante ansiedade
Que na sombra se eleva
Como uma cascata de incertezas
A qual não somos capazes de parar
E da qual queremos ver o final
Descobrir para lá da pura transparência
Mas o tempo por vezes pára de correr
E deixa-nos viver...
A sombra destapa-se
O vulto torna-se luz
Que perdura mesmo na noite…
Afinal eras tu que deslizavas
Nessa sombra de misto
Como o local onde nasceram as tuas espirais
Guia-me a esses vales,
Essas cascatas verdes,
De aguas limpas e doces sonhos,
Que guiam os passos dos sonhadores…
Onde a luz e lei
Onde a paz e vida
Onde eu possa sentir o tempo parar...

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