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A fragilidade onde nos movemos é tão grande que por vezes nos enche os pulmões e nos sufoca. Há dias que me sinto frágil, mas não posso quebrar esta carapaça que me prende e protege. Existem tantas pessoas que me vêm como exemplo que se torna quase impensável parar. É quase como se parar fosse roubar-lhes o tapete debaixo dos pés. Não se trata que eles não sejam capazes de fazer grandes coisas ou de as fazer sem mim, trata-se apenas de que lhes é mais fácil assim. Talvez seja apenas essa a minha ideia, e o melhor seja que eu caia e eles percebam que sou tão humano quanto eles e que não sou nenhuma rocha, apenas tive a sorte de ter uma visão e resistência mais desenvolvida. Não sei. Na verdade existem poucas coisas que saiba além de quão frágil sou e às vezes me sinto. Quão simples é ceder a escuridão que me envolve o coração no silêncio das palavras. Era tão mais simples deixar esse fluido ardente encher os pulmões e deixá-lo ganhar, mas. Seria loucura, cobardia. É essa fragilidade que